sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Joga no Google

Atriz gorda na seção de "imagens", e verá que aparece "Experimente também: Preta Gil".
Ela está acima do peso? Sim. Ela merece esse tipo de exposição? Não. Ninguém merece.
E a pergunta mais importante: Ela está feliz com seu corpo? Aparentemente sim.
Mas até que ponto a mídia não a faz se sentir culpada por não atingir o esteriótipo tão almejado por todos?
Até que ponto todas as outras mulheres não se sentem culpadas?
Esse é um assunto clichê até mesmo por se dizer que é clichê falar sobre gordurinhas a mais.
Estar acima do peso traz mais infelicidade do que a simples reprovação do próximo. Absorvemos mais do que as calorias; absorvemos as críticas, os olhares. Principalmente os olhares que seguem direto para aquele pedacinho de barriga gordinha a mostra.
Dói.
Dói muito mais quando a decisão de fazer um regime é tomada. Porque privações são cruéis.
Aniversários, baladas, reuniões, com todas as comidas que você não pode comer. Com todos os seus amigos lhe chamando de chata, e dizendo que você não precisa emagrecer, que só porque não come mais besteiras, não está comendo direito. Não resta outra alternativa senão ser grossa "Não como muito mesmo. E se eu comer, não é você que vai chorar quando uma calça não servir".
Ter auto-controle é gratificante. Perder o controle é uma frustração mortificante.
Emagrecer é um presente. Engordar uma maldição.
No entanto, essas duas últimas, tem conseqüências semelhantes.
Quando emagrecemos, nos sentimos cada vez mais livres de cometer excessões. Quando engordamos, ficamos cada vez mais desmotivadas.
Do que adianta ler matérias com milhares de sugestões de dietas e exercícios, quando sabemos o que temos que fazer para emagrecer (trancar a boca)? O que é necessário, é buscar força e motivação para conquistar o objetivo.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Irritando Alana Rany

Hoje, o que mais me irrita é falta de iniciativa, não que eu seja exemplo a ser seguido, a mais pró-ativa de todas. Não sou. Principalmente por causa da minha preguiça, se eu fosse menos preguiçosa, teria toda moral do mundo.
Mas já que é natural do ser humano, julgar e exigir dos outros até o que você não tem muito direito...
Vamos lá!
Existem 'n' exemplificações do que significa a falta de iniciativa. Pode ser desde soltar uma frase no ar como "estou com taaaaaaaaaaaaanta sede", e ninguém se prontificar a pegar um copo d'água pra você, até estar num relacionamento no qual óbviamente o homem toma a decisão de levar o tal relacionamento à outro nível, e ele nada faz.
Por que o homem toma as decisões, se logo eles são os aterrorizados em se comprometer com alguém?!
Talvez por exatamente as mulheres serem abertas demais, e se fossem encarregadas em pedir o homem em namoro, as ficadas não durariam dois dias, pois logo em seguida elas já os pediriam em namoro, e os namoros aconteceriam um atrás do outro.
Sei que não tenho paciência, pra praticamente nada. No entanto, quando se trata de relacionamentos, a minha paciência é inferior à zero. Perco a motivação, o encanto, e preciso ser constantemente estimulada (assim como todo mundo), um dia se passa, e eu já não estou mais nem aí, com vontade de nada, já pensando que o cara é um fdp, que não tem interesse nenhum.

Paranóias do meu lindo e mais ou menos redondo crânio.
Passei meses e meses na pista pra negócio, e agora que sou persuadida a mudar de idéia por tempo indeterminado, começo a ter minhas dúvidas se é uma decisão acertada.

quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

A mulher + O corrimão + A pretensão masculina

Hoje, cada um fica (entenda-se fica, como beija, abraça, flerta, transa) com quem quer. Pois bem, isso é um fato.
Mas outro fato é a lembrança imortal da limitação de relacionamentos das mulheres.
Era uma vez, um machista sem noção que acreditava que a mulher deveria ter um só homem em sua vida, bem como guardar sua santissíma virgindade para o sagrado matrimônio. E esse machista decidiu contar para todos os seus amiguinhos influenciáveis, seu conceito.
Alguns anos passaram, e as mulheres cansadas de serem tratadas como seres poucos desenvolvidos e limitados em todos os aspectos, ou seja, somente mães e donas de casa sem poder de desenvolvimento; queimaram sutiãs e liberaram suas almas, de forma que aos poucos, em um processo quase que homeopático, conquistaram maior liberdade.
Em 2008, as mulheres estudam, trabalham, são donas de casa, mães, tudo ao mesmo tempo, e como se não bastasse, algumas consideráveis vezes ganham mais que seus respectivos conjugês.
No entanto, algumas coisas nunca mudam. Mesmo depois de conquistar todas essas coisas, a mulher ainda não tem autonomia (não sem ser julgada) de se relacionar com quem ou com quantos quiser.
Desde a idade da pedra os homens/ meninos são incentivados a conquistar o maior número de corações possíveis (de quem foi essa idéia?!). Fato que poderia ser relevado, se não nos atingisse tão negativamente.
Além da consequência direta de muitas vezes sermos usadas pelo suposto garanhão, quando a situação é inversa, logo, a mulher passa por algumas mãos, o conceito de garanhão se dissipa e se transforma em outro adjetivo que provoca rima, esse: corrimão.
Corrimão significa nesse contexto, onde todo mundo passa a mão. Mas tal adjetivo é tão machista que nem sendo escolha da mulher passar por quantos homens quiser, o crédito continua sendo delEs.
Quer dizer que a mulher pode sair de noite, flertar com quantos homens quiser, os mais atraentes, beijar 3 eleitos e ainda assim ganhar fama de corrimão, sendo que ela foi quem se aproveitou da situação.
Numa roda de cinco homens, se a mulher beijou dois deles, há risco de os engraçados passarem a bola de um para outro como tivessem esse direito e como se ainda interessasse à mulher qualquer um dos dois.
Por isso a novidade é que a mulher tem direito de ficar com quem quiser e com quantos quiser, sem merecer ser chamada de vagabunda. O que seria do ser humano, sem o poder de escolha?!
Porque no fundo qualquer tipo de envolvimento por parte da mulher é na esperança de algo mais significativo (exclua as vagabundas), e não pode ser julgado como imoral.
Pular de galho em galho em ambos os sexos, representa insatisfação não só com o companheiro do momento, como insatisfação consigo próprio. Mudar, variar, pode ajudar a definir quem nós somos e o que esperamos do próximo.
E um dia, entre essas variações, por acaso achamos quem e o que estávamos procurando.
Agora, por último, e não menos importante: Me chame de corrimão, mas quem passa a mão, sou EU.