Eu magoei alguém

Hoje, dia 27/12/2007, com o ano praticamente acabando, eu recorro àquele, que achei que por bom tempo não precisaria.
Simplesmente porque magoei alguém, por tentar evitar que me magoassem.
Porque me vinguei por todas as vezes que fui usada.
Semana passada quando me perguntaram "se você fosse homem por um dia, o que faria?", eu disse que seria um homem e só, que não faria maldades com as mulheres, para saber como eles se sentem, se se sentem bem ao rejeitar uma mulher.
E hoje, sem nem ao menos ser um homem, tive atitude desprezível digna de um deles.
Porque tive medo de ser mais uma, e me interessei por aquele que é confidente e companheiro de quem eu temia.
Sem critério me atirei, prevendo que me queimaria com ambos, e que os dois pássaros voariam para longe.
Peguei o coração de um, e o esmaguei. Investi em outro, provando que não valho.
Mesmo valendo, mesmo tendo esperanças e sonhos. Sonhos nos quais nenhum deles fará parte.
Nesse minuto sei, que é difícil demais ser homem e ter as rédeas, desvirtuar valores, rejeitar, iniciar, manter, e conviver com o peso da consciência pós maldade.
Porque assim são os homens, fazem piores coisas do que fiz, e vivem bem com isso.
Ainda sabendo do que são capazes, um deles será o dono do meu coração, e com ele não farei o que fiz e ele não fará o que já fez com todas as outras.

Vida curta ao blog

Devido ao quase um mês de abandono desse blog, sou obrigada a prestar contas e fazer o seguinte decreto que, por tempo indeterminado esse blog está encerrado, mas com grandes chances de ser reinaugurado, pelo menos, esporadicamente, quando a vontade de escrever seja maior do que o tempo que no momento não disponho.
Nisso me explico, que o motivo pelo qual o abandonei, é que há menos tempo disponível do que gostaria, para a quantidade de afazeres e prioridades que tenho como responsabilidade.
E que graças a Deus tenho tido menos necessidade de desabafos, motivo maior para a criação desse blog.
Então, fica em aberto sua existência.
Até breve....ou não.

A Preguiça

Passei o fim de semana inteiro tendo milhares de idéias sobre diversas coisas que dariam vários posts aqui, mas a preguiça me impediu.
Tive também outro problema, quando criei esse blog, queria que esse fosse, um lugar para escrever meus textos, mas percebi que a "praga" do jornalismo cultural, está tão impregnada em mim que fica díficil de aqui não apresentar meu parecer sobre determinadas notícias.
Então, declaro que a partir desse momento, esse será um blog em que eu postarei o que tiver vontade, sem seguir nenhum tipo de linha ou segmento.
Porque afinal de contas, criei esse blog pra mim, e não pra você, que esporadicamente o lê (com todo respeito).
Então, é isso.
As notícias que não postei aqui, ficarão ao léu, já que notícia fria ninguém merece.
E tenho dito, e se eu mudar de idéia de novo....
Beijo

Expectativas (?!)

Sempre tive uma certa difilculdade de medir minhas expectativas.

Sempre foram altas demais.
De onde será que saiu essa história de exigir tanto assim de mim?
E como dizem por aí, a gente se reflete no próximo, ou seja, se dá o direito de exigir dos outros, o que exige de você.

Uma grande viagem, que pode (ou não) te levar à algum lugar.

Sei que tenho um grande poder de doação, e bem ou mal, e mesmo sabendo que as vezes o máximo do outro é meu mínimo, não me canso de esperar que o máximo de alguém seja igual ao meu.
Será que isso é tão difícil assim?
Será que é muito pedir que alguém goste tanto de você, que por você largue tudo?
Olha eu aí, sendo ligeiramente injusta....tem graças a Deus, muita gente que largaria tudo por mim, ou que pelo menos largaria muita coisa.
Só sei que quero alguém que tenha metas, objetivos (de vida), que saiba estabelecer suas prioridades, e que de preferência eu seja uma delas.
E que dele eu possa exigir tudo que exijo de mim, não por usá-lo como espelho, mas por saber que ele é capaz e disposto de fazer e dar sempre seu melhor.

Que humor é esse?

Sou do tipo que quando tem um dia ótimo, estou toda sorrisos, e quando tem um dia péssimo, estou só patadas....e que mal há nisso?
Não me venha com frases clichês, e dirá, piegas, como: "É você que faz seu dia ser bom ou ruim", ou, "Você não pode se deixar abalar pelas coisas ruins que te acontecem".
Pô, como não?
Que porcaria de vida é essa em que você só se abala quando acontece coisa boa, e as coisas ruins, que sejam jogadas no lixo?
Nunca achei que isso fizesse sentido. Continuo não achando.
Como não se frustrar quando algo que queria que acontecesse, não acontece?
Quando o dia no trabalho não foi bom?
Quando a pessoa que você queria que ligasse, não ligou?
Quando na faculdade, teve um trabalho medonho pra fazer e a professora segurou até o último segundo e lá vai você chegar em casa mais de 23h30 da noite?
Ah! Pelo amor!
Fico brava mesmo.

Porém, mais uma vez percebi que não são só esses motivos (acima), que me deixam de pá virada.
Acho, ou melhor, tenho certeza (e cada vez mais certeza), que existe uma certa raiva no meu coraçãozinho, que dá sempre uma escapulida, não em forma de patada, e sim, de piada; piada às vezes de mau gosto e/ou irônica.
Fiquei pasma quando ouvi: "Ai, por que você tá tão grossa comigo?"
E pensei (e veja bem, disse): "Ué, mas não tô grossa".
E não estava mesmo.
Então, percebi que mesmo com tanta grosseria no mundo, tantas coisas loucas, as pessoas ainda não sabem lidar com uma piada, ou retrucada, mais bruta e irônica, e que não tem fundo de verdade (ou tem, mas aí são outros 500).
Cheguei a conclusão que é isso que sou: Uma criaturinha sensível, cheia de lágrimas para chorar tanto por alegrias, como por tristezas, mas ao mesmo tempo, com uma pitada de brutalidade e ironia.
É bom ficar atento(a). Pois fato é que não consigo controlar. Esse será um exercício meu e seu (que convive comigo).
Eu tentarei ser mais delicada, e você entenderá com compreensão minhas atitudes.
Afinal de contas... não há nada mais lindo que ser autêntico. E eu faço total questão.
Mas tudo tem limite e sei bem disso. Porque ninguém tem obrigação de conviver com ninguém.

29/08/2007

Engraçado como as coisas acontecem. E como mudam.
Em pouco tempo o que era prioridade, passa a ser indiferente.
E olha que indiferença é algo muito sério.
Você já ouviu falar, que odiar alguém é melhor que ser indiferente?
Porque o ódio é um sentimento intenso e a indiferença é a mesma coisa que nada.
Já pensou? Não sentir nada. Absolutamente.
Eu prefiro me estressar, chorar, gritar. Eu prefiro rir, gargalhar.
Carpe Diem o caralho. Aproveite o dia. Há quem diga aproveite o dia sem pensar no amanhã.
Eu digo: Aproveite o dia pensando no amanhã. Porque o que você vive hoje, amanhã será sua consequência.
Tudo que você faz reflete o que você é.
Chore hoje, fique melancólico amanhã, e depois de amanhã...supere!
Grite hoje, se revolte amanhã, e depois de amanhã...dê risada de tudo que viveu.
Tudo passa. A diferença é que algumas ações tem consequências mais drásticas. Algumas até provocam arrependimento. E o que se faz quando isso acontece? Senta e chora. Afinal, já era. A culpa é sua. Você provocou isso. Seria bom se toda vez que a gente fizesse uma cagada, pudesse voltar atrás.
Mas não pode.
Então, não diga que eu não avisei.
Fato é, que quando o dia de algumas pessoas chegar, eu assistirei de camarote, sem dizer uma só palavra, sem recriminação ou qualquer atitude piegas de consolo. Apenas assistirei. E se uma mão me pedir, não recusarei. Mas minha ajuda não será imediata.
Tome cuidado com o que fala, e pra quem fala. Não tente ter pose, passando por cima das pessoas. Tenha pose por seus próprios méritos.
E por favor, se arrependa. E esse negócio de se arrepender só pelo que não fez é besteira. Talvez ainda esteja em tempo.

20/08/2007

Quando eu era mais nova, aprendi no colégio sobre Conhecimento de Fé. E sua definição me marcou tanto que nunca mais esqueci.
Conhecimento de Fé se trata da capacidade de acreditar no outro, já que não importa o que digam, vc nunca vai poder provar que algo é verdadeiro ou falso, claro que atitudes denunciam, mas e quando a pessoa simplesmente se confundiu ou se contradisse?
É da natureza humana se contradizer, fazer besteiras, e se arrepender. Mas nunca se sabe quando o arrependimento é verdadeiro.
Na verdade, nunca se sabe quando qualquer pessoa, sobre qualquer coisa está sendo verdadeira.
O que a gente pode fazer é falar a verdade, e esperar que façam o mesmo com vc.
Por isso meu desabafo, pq acredito na sinceridade e na verdade.
E tudo que tenho vivido nesse último mês (e de uma forma ligeiramente menos intensa, desde começo do ano) está diretamente ligado à essa questão.
De qualquer jeito a verdade tarda, mas não falha. Aparece.
- Depois de quatro meses ela apareceu, fazendo possível o resgate de uma amizade construída ao longo de um ano e meio (que pode não parecer muito, mas não é pouca merd*).
- Depois de três meses tenho a sensação de que palavras de amor foram jogadas ao vento, uma sensação diferente que me dá agonia de que poderia ser diferente e não foi, de que poderia ter outro final, se esse for o final; sensação de impotência.
E no fim das contas, depois de tudo que vivenciei, sei que continuarei a mesma que sempre fui...
Aquela que é desconfiada, mas não perde a fé nas pessoas.
Aquela que fala sempre a verdade.
Aquela meio grossa, mas que quando percebe que estrapolou, pede desculpas.
Aquela sensível, chorona, mas forte e guerreira.
Aquela que não tem religião, mas que acredita em Deus em todas as suas formas, pq sabe que o ser humano não pode ser o ser maior do universo.
Aquela que sonha. Aquela que tem os pés no chão.
Aquela que escuta. Que fica muda.
Aquela que fala tanto que chega dói os ouvidos.
Aquela que tem a risada engraçada, feia, gostosa, que faz rir.
Aquela que é cabeça dura.
Aquela que é rancorosa, mas que nunca dá as costas pra ninguém.
Aquela que acredita em karma, que sabe que tudo que faz, volta pra vc, seja bom ou ruim.
Aquela que é pessimista, otimista, realista, as vezes tudo ao mesmo tempo.
Aquela que acredita ser autosuficiente, mas que adora ter companhia.
Aquela que não tem medo de mostrar quem é.
Aquela que se importa com a opinião dos outros.
Aquela que tem pensamentos bobos.
Aquela que é neurótica, doidinha.
Aquela que é dedicada.
Aquela que é egoísta.
Aquela que quando lhe pedem o braço, dá o corpo todo.
Aquela que se preocupa.
Aquela que dizia que "te amo não é bom dia", mas não entendia. Até perceber que seu coração não é de papel nem de gelo, e que não ama todo mundo, ama poucas pessoas.
Aquela que diz que "te amo não é bom dia". Que tem medo de dizer "te amo" pq pra muitos "te amo" é a mesma coisa que "bom dia".
Aquela que quando diz "te amo", considera a pessoa família e coração.
Aquela que ama, sente, respira e vive.
Aquela que espera. Que corre. Que corre atrás, esperando.


Por isso o coração a venda, pq depois de me conhecer, se quiser, o compre.
O valor dele? Muito barato....sabe qual é? Reciprocidade, é tudo que peço por ele.

Texto de Abertura - Inauguração do Eu-LíricA (28/09/2007)

Confesso que o texto de abertura teria muito mais significado, se fosse postado ontem, no entanto devido a minha falta de conhecimento para administrar um blog, não foi possível.
E aproveito e já deixo claro que esse não é blog em que falarei sobre minhas atividades cotidianas, como por exemplo:
"Querido diário,
Hoje fui trabalhar....blá blá blá"
Muito pelo contrário, minha intenção é sim, somar os acontecimentos, tanto positivos, como negativos do dia, semana, ou o que seja, e postar um depoimento e/ou desabafo subjetivo do dia.
Por isso, no dia de ontem já ia abrir o blog com um texto "daqueles", mas o momento passou....hehehe.
Fica pra próxima.
Os dois próximos posts são textos de dois respectivos momentos importantes desse segundo semestre, e como também vivemos de passado, não tem porque não colocá-los aqui.
Um beijo.
Bem vindo.