quinta-feira, 27 de setembro de 2007

20/08/2007

Quando eu era mais nova, aprendi no colégio sobre Conhecimento de Fé. E sua definição me marcou tanto que nunca mais esqueci.
Conhecimento de Fé se trata da capacidade de acreditar no outro, já que não importa o que digam, vc nunca vai poder provar que algo é verdadeiro ou falso, claro que atitudes denunciam, mas e quando a pessoa simplesmente se confundiu ou se contradisse?
É da natureza humana se contradizer, fazer besteiras, e se arrepender. Mas nunca se sabe quando o arrependimento é verdadeiro.
Na verdade, nunca se sabe quando qualquer pessoa, sobre qualquer coisa está sendo verdadeira.
O que a gente pode fazer é falar a verdade, e esperar que façam o mesmo com vc.
Por isso meu desabafo, pq acredito na sinceridade e na verdade.
E tudo que tenho vivido nesse último mês (e de uma forma ligeiramente menos intensa, desde começo do ano) está diretamente ligado à essa questão.
De qualquer jeito a verdade tarda, mas não falha. Aparece.
- Depois de quatro meses ela apareceu, fazendo possível o resgate de uma amizade construída ao longo de um ano e meio (que pode não parecer muito, mas não é pouca merd*).
- Depois de três meses tenho a sensação de que palavras de amor foram jogadas ao vento, uma sensação diferente que me dá agonia de que poderia ser diferente e não foi, de que poderia ter outro final, se esse for o final; sensação de impotência.
E no fim das contas, depois de tudo que vivenciei, sei que continuarei a mesma que sempre fui...
Aquela que é desconfiada, mas não perde a fé nas pessoas.
Aquela que fala sempre a verdade.
Aquela meio grossa, mas que quando percebe que estrapolou, pede desculpas.
Aquela sensível, chorona, mas forte e guerreira.
Aquela que não tem religião, mas que acredita em Deus em todas as suas formas, pq sabe que o ser humano não pode ser o ser maior do universo.
Aquela que sonha. Aquela que tem os pés no chão.
Aquela que escuta. Que fica muda.
Aquela que fala tanto que chega dói os ouvidos.
Aquela que tem a risada engraçada, feia, gostosa, que faz rir.
Aquela que é cabeça dura.
Aquela que é rancorosa, mas que nunca dá as costas pra ninguém.
Aquela que acredita em karma, que sabe que tudo que faz, volta pra vc, seja bom ou ruim.
Aquela que é pessimista, otimista, realista, as vezes tudo ao mesmo tempo.
Aquela que acredita ser autosuficiente, mas que adora ter companhia.
Aquela que não tem medo de mostrar quem é.
Aquela que se importa com a opinião dos outros.
Aquela que tem pensamentos bobos.
Aquela que é neurótica, doidinha.
Aquela que é dedicada.
Aquela que é egoísta.
Aquela que quando lhe pedem o braço, dá o corpo todo.
Aquela que se preocupa.
Aquela que dizia que "te amo não é bom dia", mas não entendia. Até perceber que seu coração não é de papel nem de gelo, e que não ama todo mundo, ama poucas pessoas.
Aquela que diz que "te amo não é bom dia". Que tem medo de dizer "te amo" pq pra muitos "te amo" é a mesma coisa que "bom dia".
Aquela que quando diz "te amo", considera a pessoa família e coração.
Aquela que ama, sente, respira e vive.
Aquela que espera. Que corre. Que corre atrás, esperando.


Por isso o coração a venda, pq depois de me conhecer, se quiser, o compre.
O valor dele? Muito barato....sabe qual é? Reciprocidade, é tudo que peço por ele.

Um comentário:

Fábio Vanzo disse...

Só discordo dessa definição de fé, pois não inclui a fé em si. E esta sim é a pedra fundamental da nossa existência, seja ela o meio ou o fim. Beijo!